Yutaka Toyota apresenta sua obra

O casapark promoveu nesta quarta-feira, 22 de maio, uma visita guiada com o artista plástico Yutaka Toyota por sua exposição, O ritmo do espaço, no Museu da Nacional da República. O renomado artista japonês naturalizado brasileiro se reuniu com um grupo de arquitetos e designers para apresentar um pouco da sua obra e da sua trajetória.

Com mais de 60 anos de carreira, prêmios nacionais e internacionais, Toyota, hoje com 87 anos, é conhecido pelo movimento de suas pinturas e esculturas, pela inovação no uso de materiais modernos, como o aço, e por trabalhar com escalas diversas, tendo completado mais de cem obras monumentais espalhadas pelos cinco continentes.

Na visita, ele falou sobre sua vinda para o Brasil em 1957, quando se encantou pela beleza natural e pela dimensão gigantesca do país. Contou sobre o tempo em que morou na Itália e aprendeu com grandes nomes das artes, como Lucio Fontana e Bruno Munari. Toyota também descreveu a sua obra a partir das peças em exposição. Falou sobre os conceitos cosmológicos que pontuam sua obra, tanto do ponto de vista científico quanto espiritual. Sua ideia é demonstrar, por meio dos reflexos invertidos de imagens, do movimento dos materiais e do uso de cores, que tudo no universo está conectado.

Ele encontrou no aço a melhor forma de refletir o mundo externo dentro de suas esculturas. “No começo, no Japão, acharam a minha ideia ruim. Disseram que estava usando material de cozinha”, lembra sorrindo. Mais de quatro décadas depois, seu trabalho é admirado ao redor do mundo e Toyota continua a construir sua obra, mantendo-se em pleno processo de criação.

“Estou em êxtase aqui com a riqueza de formas e cores criada. As obras, apesar de parecerem estáticas, têm um movimento riquíssimo”, comenta o arquiteto Christian Blum. Luciana Abiorana, que também é arquiteta, se encantou com a visita: “Foi um presente cultural poder perceber a sensibilidade do artista, a forma com que ele trabalha o aço e como ele faz com que a gente entre em outras dimensões através do reflexo. Há ainda as cores fluorescentes, que ele já usava há tanto tempo”, enumera.

A exposição O ritmo do espaço tem curadoria de Denise Mattar e continua no Museu Nacional da República até o domingo, 26 de maio.